segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Aceito...


Aceito, aceito que vou morrer, todo mundo morre...
Penso que não tenho medo de morrer, tenho medo de como, e da dor que posso causar a quem amo...
Não quero que os que amo sofram...
Mais sei que se eles me amam é quase impossível pedir a “não dor”.
Partir sem dar um beijo, um abraço ou um adeus, me desespera...
Queria poder agradecer cada um por cada motivo de gratidão...
Queria poder pedir perdão por cada falha...
Queria poder confortar a dor da minha partida...
E se eu soubesse exatamente quando eu o faria... Mas não sei ninguém nunca sabe...
Acho que não preciso dizer a quem amo que os amo, eles sabem...
Mas muitos não sabem o quanto, ou não fazem ideia e se fazem chegam longe. Pois quando falo de amor, quero que saibam e algo muito mais, muito mais que muito...
Às vezes muito mais que está junto...
Tenho alguns dos que amo longe... E outros nem mesmo a morte me afasta...
Independente da distância, eles estão muito perto, dentro de mim junto ao amor que sinto...
Vivo feliz apesar de reclamar e resmungar e reclamar o tempo todo, vivo feliz...
Nunca me privei de nada da vida, tudo que tive vontade e pude fiz e continuo fazendo...
E tudo que peço a Deus é que não, não me leve antes de cumprir minha missão aqui...
Também não quero ir sem antes entender um pouco mais da vida e dos seres, dos seres nem sempre tão humanos...
Quero conhecer muito mais as pessoas que saibam olhar o mundo, vendo a beleza de cada manhã, com chuva ou sol. Quero conhecer mais pessoas com mais esperança, quero conhecer mais pessoas...
E se eu tiver feito algo significativo na vida de cada pessoa que conheci, viver já terá valido a pena...

Um comentário:

Vôo Livre disse...

Caracas, voce sente, voce escreve, ki louco!!!!!!